Por: Luiz Fernando Ramos Aguiar
A sanção ao ministro Alexandre de Moraes é uma fagulha de esperança para aqueles que almejam uma mudança nos rumos do país.
Depois de diversas medidas — no mínimo controversas — do STF sob a liderança de Moraes, o ministro foi adicionado à lista de pessoas designadas pela OFAC, ao lado de ditadores, terroristas e organizações criminosas como o PCC.
Ao contrário do que a imprensa tenta nos vender, não são apenas os Estados Unidos que reconhecem os abusos cometidos pelo ministro. A crítica internacional está se intensificando. No Parlamento Europeu, o deputado polonês Dominik Tarczyński, do grupo conservador ECR, liderou uma iniciativa formal composta por quinze eurodeputados. O grupo encaminhou uma carta oficial à Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, solicitando que Alexandre de Moraes e outros membros do STF sejam sancionados pelas flagrantes violações de direitos humanos e uso do sistema de justiça para perseguição política. A denúncia europeia expõe a mesma realidade que tantos brasileiros vêm denunciando há anos — mas que, até agora, era ignorada por covardia ou conveniência.
O país começa a perder o status de democracia e se afunda na lama onde estão mergulhados países como Irã, Rússia, Cuba, Coreia do Norte e China — ditaduras conhecidas pelos abusos contra seus próprios cidadãos.
Os próximos passos do governo brasileiro serão decisivos para o destino de outros ministros supremos. Barroso e Gilmar Mendes já estão na linha das sanções americanas — e só não foram designados ainda por um pedido do deputado Eduardo Bolsonaro, que ainda tem esperança de que eles possam voltar atrás e devolver o país à normalidade.
A punição internacional de Alexandre de Moraes foi um passo fundamental para que as pessoas finalmente entendam que os atuais processos em curso no STF não se desenvolvem sob as regras da legalidade.
Atônicos, jornalistas da velha mídia fazem análises completamente equivocadas e sem fundamentação. Mesmo diante das mais escandalosas evidências, continuam defendendo as ações do ministro Alexandre de Moraes — numa espécie de cegueira ideológica e política. Para eles, parece melhor que o Brasil se torne uma ditadura do que haja um processo de anistia para os milhares de pessoas injustiçadas nos processos inconstitucionais do Supremo Tribunal Federal — especialmente se a medida atingir o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Enquanto isso, o ministro Alexandre de Moraes demonstra pouca preocupação com as consequências das sanções recebidas. No momento em que o presidente Lula se reunia com outros ministros da Suprema Corte para pensar quais seriam os próximos passos depois da ofensiva americana, Moraes assistia tranquilamente a um jogo de futebol em São Paulo.
Não sabemos se os companheiros de Alexandre terão o bom senso de sacrificá-lo — se não pelo bem do Brasil, ao menos para proteger a si mesmos de mais retaliações americanas.
