POR: Luiz Fernando Ramos Aguiar

Rio de Janeiro, 6 de novembro de 2024 – Em uma nova ofensiva contra o crime, a Polícia Civil do Rio de Janeiro lançou na manhã desta quarta-feira uma operação em busca dos suspeitos do assassinato do policial federal aposentado Jansen Gomes Pinto, de 70 anos. Ele foi morto durante um assalto em uma garagem de ônibus na Zona Norte da cidade, há cerca de dois meses.

A operação mobilizou diversas forças de segurança, incluindo a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e o Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI/PF). Os agentes estão cumprindo mandados de prisão temporária para Caio Marcello Marins dos Santos e Robert da Costa de Oliveira, que seriam os principais suspeitos do crime.

Logo nas primeiras horas da manhã, a operação tomou as ruas de Manguinhos, comunidade na Zona Norte, com o suporte de um helicóptero da Polícia Civil e veículos blindados da Polícia Federal. Moradores relataram ouvir disparos, indicando um possível confronto entre as forças de segurança e suspeitos na região.

O caso de Jansen Gomes Pinto abalou a cidade e evidenciou os riscos de violência urbana, especialmente em áreas mais vulneráveis. A atuação integrada entre as forças de segurança visa não apenas capturar os suspeitos, mas também enviar uma mensagem clara de combate à criminalidade no estado do Rio de Janeiro.

As facções tem como uma de suas estratégias estimular o assassinato de integrantes das forças de segurança, chegam a oferecer recompensa para os criminosos que assassinarem policiais. Dessa forma pretendem intimidar os profissionais e inibir ações de força contra as organizações criminosas. Uma evidência da covardia e crueldade do modus operandi dos grupos criminosos que dominam centenas de comunidades no estado.

Mesmo que o crime não tenha sido fruto de uma ação deliberada para a execução do policial aposentado. A prisão e punição dos envolvidos é uma chance de o estado mostrar que não irá tolerar ações criminosas dessa natureza. Uma sinalização tanto aos membros das organizações criminosas quanto aos milhares de integrantes das forças policiais, que dedicam suas vidas ao combate ao crime e sentem-se cada dia mais inseguros de desvalorizados.

A operação segue em andamento, e a Polícia Civil ainda não divulgou informações adicionais sobre os desdobramentos ou possíveis prisões. A expectativa é de que novas informações sejam repassadas ao longo do dia.

A expectativa pela prisão dos envolvidos neste crime é maior pela necessidade de se dar uma resposta aos atentados cometidos contra policiais. Respostas contundentes contra atos dessa natureza são imprescindíveis para desestimular criminosos a atentarem contra a vida dos profissionais de segurança pública. Entretanto, caso os criminosos acabem, como de costume, beneficiados pelas políticas de desencarceramento em curso no país a operação se tornará apenas mais um episódio onde policiais são expostos a um risco extremo sem que se consiga uma resposta efetiva ao crime organizado.